Sessão Flashback: Matilda
- Fernanda Terena
- 9 de ago. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 4 de jul. de 2021

Nesta sessão flashback, vamos falar da sensação dos anos 90: Matilda. Um daqueles filmes da “sessão da tarde” que nos causam um misto de carinho e nostalgia. Afinal, quem não ficou traumatizado com a Dona Trunchbull?
Matilda estreou em 1997 no Brasil sob a direção de Danny DeVito, também conhecido por ser produtor executivo em Pulp Fiction e pela interpretação do Pinguim em Batman Returns, no papel principal temos Mara Wilson como Matilda. O longa contou com um orçamento generoso de 36 milhões de dólares para a época.
O filme conta a história de Matilda Wormwood, uma criança muito inteligente que, com apenas 6 anos, tem gosto pela leitura. Infelizmente, ela é criada pelos seus país ignorantes Harry e Zinnia, ambos a ignoram e nunca a matricularam numa escola até que ela mesma decide fazer isso. Ao chegar na Escola Primária de Crunchem Hall, Matilda percebe que apesar do ambiente hostil e o terror causado pela diretora Trunchbull, ela pode confiar em sua professora Srta. Honey que busca ajudá-la o máximo possível. O filme se desenrola em meio a um clima de mistério sobre a escola, o passado da Srta. Honey e uma investigação sobre os negócios do pai de Matilda, tudo fica “diferente” quando a menina descobre que possui “poderes mágicos” e percebe que pode controlar objetos com a mente.
O que poucos sabem é que a história, na verdade, é baseada no livro de literatura infantil escrito por Roald Dahl, lançado em 1988 e possui o mesmo nome do longa: Matilda. O livro, diferente do do filme, os pais de Matilda negam a ela a leitura e faz com que ela assista TV, até que ela decide ir até a biblioteca pública e passa a ter gosto pela leitura. Também no livro, Matilda decide se vingar de seu pai e começa a “pregar peças” através da descoberta de seus poderes.
Muita coisa aconteceu durante as filmagens, o próprio Danny Devito faz o papel do pai da garotinha e sua mulher, na época, assume o papel de Sra. Wormwood (mãe de Matilda), os efeitos especiais dos poderes de Matilda precisaram ser feitos com fios amarrados pelo cenário e a boneca da personagem foi desenhada pela própria Mara Wilson e, infelizmente, a mãe da atriz estava doente e em estado terminal durante as filmagens.
Outra curiosidade interessante é que o closet de tortura da diretora realmente assustava as crianças no set de filmagem e adivinhe? A diretora Trunchbull foi inspirada na diretora do colégio que a filha de Road Dahl frequentava, ou seja, ela era “real”. O filme quase não foi produzido, pois o Instituto Dahl (responsável pelas obras de Roald Dahl) estava apreensivo por conta dos baixos retornos na primeira adaptação de Fantástica Fábrica de Chocolate (1971).
Além disso, o filme aborda diversos temas sociais no enredo, o mais relevante é o maus tratos das crianças e a importância da leitura na formação cultural de um indivíduo. Apesar de parecer exagerado, notamos que Matilda é negligenciada em diversos momentos, que além de ignorada, é privada de frequentar uma escola e ainda sofre violência psicológica. Outro ponto é a punição exagerada empregada pela escola como uma metáfora ao autoritarismo que é refletido no terror que as crianças sentem pela diretora Trunchbull.
Se você é como eu e não se cansa de rever esse filme, pode ficar animado! A Netflix anunciou em Janeiro deste ano que fará uma nova versão baseada no livro e no musical da Broadway, lançado em 2011, e terá a direção de Matthew Warchus, mas a produção cinematográfica ainda não possui data de lançamento.
Texto disponível em: https://pipocamaisrefri.com.br/
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