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Crítica | A Maldição da Mansão Bly (1ª Temporada)

  • Foto do escritor: Fernanda Terena
    Fernanda Terena
  • 18 de out. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 4 de jul. de 2021


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A Maldição da Mansão Bly é o novo “conto” de terror da Netflix que está levantando questionamentos nas redes sociais sobre sua relação com a temporada anterior de Residência Hill.


A Maldição da Mansão Bly é a série derivada de A Maldição da Residência Hill, ambas intituladas em inglês de The Haunting, e ao contrário do que pode parecer, é bom deixarmos claro de que não são uma sequência.


A série de Mike Flanagan estreou em 09 de outubro de 2020 e é baseada na série de Henry James, “A volta do parafuso” de 1898. A produção conta a história de Dani Clayton, uma americana, que se torna babá de órfãos, os irmãos Miles e Flora, e passa a viver em uma mansão afastada em meados de 1987, neste contexto, todos parecem ter que conviver com “fantasmas” do passado.


O roteiro nesta temporada é fechado, sem pontas soltas e, em contraponto a Residência Hill, é menos assustadora e muito mais dramática, os fantasmas estão muito mais relacionado aos vínculos e não ao medo, a atmosfera não é macabra, deixando o medo existir numa camada mais psicológica e é construído de forma lenta, gerando uma melancolia. Esse sentimento se soma ao luto que é sustentado pela fotografia coerente quase sempre em tons frios ou com uma aparência “desbotada”, que se mantém no figurino, na maquiagem e até mesmo na abertura da série.


A personalidade dos personagens é construída juntamente com a narrativa que, assim como na Maldição da Residência Hill, brinca com o fluxo temporal no qual vivenciamos presente e passado de forma não linear. Nos levando de maneira empática a conhecer cada um deles, tanto os vivos quanto os mortos e, parafraseando a série, “dando uma história à eles” para reduzir a sensação de medo.


Há uma questão que pode ser considerada spoiler, então, caso acredite que isso possa atrapalhar sua experiência pule este parágrafo. É relacionado ao termo utilizado por Flora, que nas legendas foi traduzido por “absorto” e funciona na linguagem espírita/psicológica como “regressão”, esse ponto em particular une todas as pontas do roteiro quando refletimos sobre a temporalidade na série e, justamente, é esse tópico que se trata a série “A volta do parafuso”, tornando a produção genial em sua releitura.

A polêmica e a comparação entre Mansão Bly e Residência Hill está em alta nas redes, porém o próprio diretor Flanagan declarou ao Enterteinment Weekly que “Não há uma conexão narrativa, mas haverá pequenos detalhes e momentos nos diálogos que vão fazer referência à residência Hill”.


Dessa forma, gostaria de constatarmos que ambas as temporadas não possuem a construção de terror clássica americana, na qual o silencio é precedido da tensão e então se espera o susto, pelo contrário, temos uma tensão subentendida e uma construção narrativa diferenciada do “terror tradicional”, mesmo quando há o susto, ele é repentino, você como telespectador não é preparado para ele ou se sente desconfortável em cenas felizes, esse tipo de direção não é comum em produções do gênero.


O que marca a diferença nas produções é o tom, em A Maldição da Residência Hill temos um terror marcado pelas consequências, já em A Maldição da Mansão Bly o terror é marcado pelos traumas, então, é necessário alinharmos nossas expectativas e ambas são igualmente recomendáveis. Vale lembrar que a Maldição da Residência Hill também completa 2 anos de seu lançamento, por quê não aproveitar para maratonar as duas?


Nota 5 - Excelente


Texto disponível em: https://pipocamaisrefri.com.br/



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